Auditores fiscais do setor agropecuário deflagraram uma operação nacional nos frigoríficos registrados no Sistema de Inspeção Federal (SIF), desde a última quarta-feira (21). O movimento, alinhado com outras categorias do funcionalismo público, busca melhorias salariais e reestruturação da carreira. No entanto, a mobilização tem gerado preocupações no setor agropecuário brasileiro, especialmente relacionadas ao transporte de cargas vivas durante a paralisação.
Especialistas apontam riscos logísticos e de abastecimento caso o movimento persista, destacando a possibilidade de maior ociosidade nas unidades de produção e impactos negativos na produção de carnes. Embora algumas fontes indiquem que o trânsito de cargas vivas continua normal, relatos de problemas logísticos já surgem, o que pode comprometer a indústria frigorífica.
A falta de resolução nas negociações entre o governo e o sindicato dos fiscais agropecuários levanta preocupações sobre o prolongamento da paralisação e seus potenciais impactos econômicos. Caso persista, o movimento pode afetar as exportações de carne e a saída de produtos perecíveis, gerando repercussões negativas em toda a economia.
Em diversos estados, já se observam atrasos na produção e certificação de carnes de aves, suínos e bovinos, assim como de ovos. A Associação dos Criadores de Mato Grosso relata um aumento na escala de abates, o que intensifica os prejuízos para o setor agropecuário. Embora reconheçam a importância das reivindicações dos servidores, as entidades expressam preocupação para que o movimento não comprometa a atividade agropecuária como um todo.