02.set

Taxa de desemprego cai a 11,8% no trimestre até julho.

O resultado ficou 0,7 ponto percentual abaixo do verificado no trimestre móvel até abril (12,5%) e 0,5 ponto menor do que no mesmo período do ano passado (12,3%).

A leitura ficou ligeiramente melhor do que a mediana das expectativas de 24 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data, de 11,9% para o período, mesmo percentual apontado por 12 casas, indicando razoável consenso dentro de um intervalo de projeções de 11,7% a 12,1%.

O país tinha 12,569 milhões de desempregados — pessoas de 14 anos ou mais que buscaram emprego, sem conseguir. Trata-se de recuo de 4,6% frente ao trimestre móvel até abril (609 mil pessoas a menos) e baixa de 2% no confronto ao mesmo período do ano passado (recuo de 258 mil).

A fila de emprego ficou menor porque mais pessoas conseguiram ocupação. O país tinha 93,584 milhões de ocupados (empregados, empregadores, autônomos) no trimestre até julho, 1,3% a mais frente ao trimestre móvel até abril (+1,219 milhão de pessoas) e 2,4% a mais ante igual período de 2018 (+2,2 milhões).

A queda da taxa de desemprego ocorreu mesmo com o aumento do número de pessoas em busca de trabalho, o que tende a pressionar o mercado.

A força de trabalho — pessoas empregadas ou em busca de empregos com 14 anos ou mais de idade — somou 106,153 milhões de pessoas no trimestre até julho, 0,6% a mais do que no trimestre móvel encerrado em abril e 1,9% a menos em relação ao mesmo período de 2018.

Ocupações precárias

O trabalho por conta própria — sem empregador e sem empregado, autônomos como ambulantes, camelôs e motoristas de aplicativos — foi responsável por mais da metade das 2,218 milhões de ocupações geradas no país no período de 12 meses até julho deste ano.

Considerado uma ocupação mais precária e de menor rendimento, o trabalho por conta própria foi assim o principal responsável pela recuperação do mercado de trabalho no país no período. E também responsável pelo aumento do número de pessoas que trabalham menos de 40 horas semanais, a chamada subocupação por insuficiência de horas, que atingiu o recorde de 7,33 milhões de pessoas.

Fonte: Valor.com