07.ago

Junho registra alta no uso e nos juros do cartão de crédito, diz BC

 

O uso de cartão de crédito como amplificação da renda, continua maior, fator que prejudica os consumidores

 

 

As concessões do rotativo do cartão de crédito representaram cerca de 10% dos empréstimos liberados pelas instituições financeiras, em junho. No mesmo mês, foram registrados os juros mais altos no uso do rotativo do cartão, para quem paga o valor mínimo da fatura.

Dados emitidos pelo Banco do Central no mês passado, afirmam que os juros subiram mesmo com a taxa básica de juros, a Selic, no menor índice histórico (6,5% ao ano).

O custo médio do rotativo para consumidores adimplentes variou de 45,97% a 791,16% ao ano, entre as instituições financeiras, no período de cinco dias úteis encerrados em 18 de julho.

A matéria divulgada pelo site COAD mostra informações referentes ao mês de junho em que a taxa média do rotativo foi de 261, 1% ao ano. Um aumento de 18,1 pontos percentuais em relação a maio. A taxa cobrada dos consumidores que não pagaram ou atrasaram o pagamento mínimo da fatura caiu 32,8 pontos percentuais, chegando a 313,3% ao ano.

O advogado Maiko Maier, de Florianópolis, enfatiza a importância dessas informações para o consumidor. “Mesmo com os maiores juros do mundo, muitas vezes, senão sempre, as instituições financeiras cobram valores maiores do que os devidos dos clientes – valendo-se de cláusulas confusas e da dificuldade dos clientes em entender como funcionam os cálculos bancários”, diz Maier.

O uso de cartão de crédito como amplificação da renda, continua maior, fator que prejudica os consumidores. “Muita gente ainda vê o cartão de crédito como se fosse extensão de renda, o que não é verdade. O preço acaba saindo caro e muitos consumidores entram em uma bola de neve”, afirma o advogado.

07/08/2018 às 20:14
Diário do Poder