23.ago

Inflação pelo IPCA-15 é a menor para Agosto desde 2010

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), prévia da inflação oficial do país, surpreendeu em agosto ao desacelerar para 0,08%, de 0,09% verificado no mês anterior, informou nesta quinta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Preços menores de combustíveis e passagens aéreas, além da deflação dos alimentos, foram os principais responsáveis pela desaceleração.

A leitura ficou bem abaixo da mediana de 0,16% das estimativas de 24 consultorias e instituições financeiras. E também no piso das projeções: o intervalo das estimativas ia de alta de 0,08 a avanço de 0,28%.

Trata-se ainda do menor índice para meses de agosto desde 2010 (-0,05%).

Desta forma, o índice da inflação acumulada em 12 meses teve uma pequena desaceleração: de 3,27% em julho para 3,22% em agosto. No acumulado do ano, o IPCA-15 avança 2,51%.

Com o resultado, a prévia da inflação segue distante do centro da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 4,25% para este ano, com tolerância de 1,5 ponto percentual, para mais ou para menos.

O IPCA-15 mediu a variação de preços coletados de 13 de julho a 13 de agosto de 2019. O indicador refere-se à cesta de consumo de famílias com renda de um a 40 salários mínimos e abrange nove regiões metropolitanas, além das cidades Brasília e Goiânia. Itens

Itens

De acordo com o IBGE, o preço da gasolina recuou 1,88% na prévia de agosto, segunda baixa consecutiva. Desta forma, o combustível retirou 0,08 ponto percentual do IPCA-15 do mês, o principal impacto individual negativo. O etanol também caiu, em 1,09%.

O segundo maior impacto negativo sobre o índice do mês foi passagem aérea, que recuou 15,57% em agosto, retirando 0,07 ponto percentual do IPCA-15. Essa baixa ocorre após avanços de 18,98% em junho e 18,10% em julho, período marcado pelas férias.

A conta de luz mais cara foi um das poucas pressões inflacionárias sobre a prévia da inflação oficial de agosto. Segundo o IBGE, a energia elétrica residencial ficou 4,91% mais cara no mês, refletindo o acionamento da bandeira tarifária vermelha 1, o que acrescenta R$ 4 a mais a cada 100 quilowatts-hora consumidos. Em julho, a energia havia subido 1,13%.

Todas as regiões pesquisadas pelo IBGE apresentaram altas do custo de energia no IPCA-15. O menor avanço ocorreu em Goiânia (+2,64%) e o mais intenso foi registrado em São Paulo (7,51%), onde houve reajuste em 4 de julho.

Com o aumento da tarifa de energia, a região metropolitana de São Paulo apresentou o índice mais alto de inflação das 11 regiões pesquisadas, de 0,31%. O menor resultado foi registrado no município de Goiânia (-0,29%), em função da queda observada nos preços da gasolina. Seis regiões metropolitanas das 11 pesquisadas registraram deflação em agosto.

 

Fonte: Valor.com