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Economia de SC atinge patamar pré-crise e expectativa é de crescimento, avalia Fiesc

Dados positivos para o estado de Santa Catarina foram apresentados na última terça-feira (11) pela Fiesc. De acordo com os dados, o estado teve uma retomada na economia e a partir disso, as expectativas para o ano seguinte é de crescimento. A atividade econômica no Estado, por exemplo, atingiu em setembro patamar muito próximo ao de 2014, no período pré-crise. O desempenho estadual está 0,5% abaixo do registrado naquele ano, atrás apenas do Pará, com 1% de alta. No país, o índice está 6,2% abaixo do resultado de 2014.

De acordo com dados do Banco Central, de janeiro até setembro, o estado cresceu seu Índice de Atividade Econômica (IBCR) em 2,7%, número acima da média brasileira, que ficou na casa dos 1,2%. O IBCR é considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB) e inclui informações sobre o nível de atividade dos três setores da economia: indústria, comércio e serviços e agropecuária, além do volume de impostos.

De janeiro a outubro foram registrados aumento na produção industrial (4,4%), nas vendas do setor (13,3%), na exportação (4,8%), na importação (24,1%) e no saldo de empregos da indústria de transformação (22,5 mil vagas) no Estado. No total, em todos os setores, Santa Catarina precisaria um saldo de 62 mil vagas de emprego neste ano para suprir as perdas de 2015 e 2016. Até outubro, foram registrados 54 mil novos postos de trabalho.,

— Vale lembrar que o mês de dezembro é comumente negativo, em função dos contratos temporários. Ainda assim, a indústria de transformação catarinense é a segunda que mais gera empregos do Brasil, mesmo em termos absolutos, ficando atrás apenas de São Paulo — completa o presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar.

Ele acredita que essa recuperação econômica, evidenciada nos principais indicadores, está relacionada a alguns fatores, como a participação significativa da indústria na geração de riqueza em SC, além de o Estado ter uma matriz diversificada.

Esse otimismo aparece no índice de confiança do industrial, que em novembro (66 pontos) foi o maior desde o início da série histórica. Aguiar cita ainda os investimentos anunciados por grandes empresas para 2019, que somam R$ 6,6 bilhões, com estimativa de gerar cerca de 4 mil empregos, conforme informações da Investe SC, agência de atração de investimentos que é uma parceria da Fiesc com o Governo de SC.

Mas reforça que para manter o crescimento é fundamental apostar em internacionalização, já que resultados de exportação e importação, apesar de positivos, ainda estão bem abaixo do potencial do Estado. Além de investimentos em inovação e infraestrutura, que considera área de “deficiência enorme no Estado e que impacta na competitividade”.

 

Fonte: Diário Catarinense.